Beneficios de la nutrición enteral artesanal en problemas gastrointestinales en niños con parálisis cerebral: una revisión de alcance

José Rodrigo Morgado-Ramírez; Sara Rebeca  Fajardo-Compagny; Carolina Gonzalez-Zavala; Humberto Jesus  Borquez-Arce

doi:10.35454/rncm.v8n1.687

Autores

José Rodrigo Morgado-Ramírez COLEGIO MEXICANO DE NUTRICION CLINICA Y TERAPIA NUTRICIONAL. https://orcid.org/0000-0002-7214-5319
Sara Rebeca Fajardo-Compagny Hospital Infantil de las Californias
Carolina Gonzalez-Zavala Hospital Infantil de las Californias
Humberto Jesus Borquez-Arce Hospital Infantil de las Californias

DOI:

https://doi.org/10.35454/rncm.v8n1.687

Palavras-chave:

nutrição enteral, paralisia cerebral, doença do refluxo gastroesofágico, constipação, qualidade de vida, revisão de escopo

Resumo

Introdução: A paralisia cerebral (PC) é um grupo de distúrbios permanentes que afetam o desenvolvimento do movimento e da postura, limitando significativamente a capacidade de realizar atividades diárias. Problemas gastrointestinais, como a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e a constipação, são comuns em crianças com PC, impactando tanto a qualidade de vida quanto o estado nutricional. A alimentação enteral artesanal (AEA) surgiu como uma alternativa promissora às fórmulas comerciais para abordar essas questões. Objetivo: Avaliar as evidências existentes sobre os benefícios da AEA na melhoria de problemas gastrointestinais em crianças com PC, destacando lacunas de conhecimento e oportunidades para pesquisas futuras. Métodos: Foi realizada uma revisão de escopo seguindo a metodologia PRISMA-ScR. Foram incluídos estudos publicados entre 2014 e 2024, em inglês e espanhol, focados em crianças com PC que receberam AEA por meio de sonda de gastrostomia. Ensaios clínicos randomizados, estudos de coorte, relatos de caso, revisões sistemáticas e literatura cinzenta foram analisados. Os resultados foram extraídos e classificados com base no impacto em problemas gastrointestinais, como DRGE, constipação, vômitos e dor abdominal. Resultados: Dos 182 artigos identificados, 10 atenderam aos critérios de inclusão. A AEA demonstrou benefícios significativos, incluindo menor incidência de DRGE e constipação (p = 0,04), redução de 73% nos sintomas gastrointestinais e melhor tolerância ao volume alimentar. Além disso, os cuidadores relataram melhorias na percepção do processo de alimentação e no bem-estar psicossocial do paciente e da família. Conclusões: A AEA é uma alternativa eficaz e acessível para melhorar problemas gastrointestinais em crianças com PC, além de oferecer benefícios psicossociais significativos. No entanto, a falta de diretrizes padronizadas e de evidências robustas a longo prazo destaca a necessidade de pesquisas futuras para garantir sua implementação segura.

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